Nos últimos anos, o termo “cidades inteligentes” tem ganhado cada vez mais destaque, especialmente em debates sobre sustentabilidade e desenvolvimento urbano.
Uma cidade inteligente é aquela que usa tecnologia e inovação para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, além de promover a sustentabilidade e a eficiência dos serviços públicos.
Um aspecto importante dessa transformação é a industrialização da construção civil: a combinação da tendência das cidades inteligentes e industrialização da construção civil tem o potencial de transformar a forma como vivemos e trabalhamos nos centros urbanos modernos.
O que são cidades inteligentes?
As cidades inteligentes, também conhecidas como cidades conectadas, são aquelas que utilizam tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes e a eficiência dos seus sistemas.
A tecnologia pode ser utilizada em diversas áreas, como transporte, saúde, educação e energia. O objetivo é criar uma cidade mais eficiente, sustentável e com melhor qualidade de vida.
Uma cidade inteligente é capaz de integrar os seus sistemas de transporte, energia, comunicações e segurança em uma rede interconectada, garantindo o acesso a informações em tempo real e possibilitando ações mais rápidas e precisas.
As cidades inteligentes também se destacam pelo seu compromisso com a sustentabilidade.
A utilização de tecnologias limpas e eficientes na produção de energia, transporte e edificações, bem como a gestão inteligente de resíduos, são algumas das práticas adotadas por essas cidades para reduzir o seu impacto ambiental.
A industrialização na construção civil e as cidades inteligentes
A industrialização da construção civil pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento de cidades inteligentes.
A industrialização do setor envolve a utilização de tecnologias e processos de fabricação em massa para produzir componentes pré-fabricados, como paredes, lajes, e pilares, que podem ser transportados para o local da construção e montados rapidamente.
Esse método oferece várias vantagens, como a redução de custos e tempo de construção, a melhoria da qualidade e a redução do desperdício de materiais e energia, ao utilizar processos mais eficientes e controlados.
Ao utilizar componentes pré-fabricados e tecnologias avançadas, é possível construir edifícios mais eficientes em termos energéticos, com menor impacto ambiental e menor custo de operação.
Além disso, a industrialização do setor pode ajudar a acelerar o processo de construção de novas moradias e infraestruturas, permitindo que as cidades cresçam mais rapidamente para atender às necessidades de seus habitantes.
A maior sustentabilidade é outra vantagem desse processo. Os componentes pré-fabricados são produzidos com tecnologias mais avançadas e podem ser projetados para maximizar a eficiência energética e a sustentabilidade dos edifícios.
Isso pode incluir o uso de materiais mais sustentáveis, como madeira certificada ou materiais reciclados, e a implementação de soluções de energia renovável, como painéis solares ou sistemas de cogeração.
A industrialização da construção civil é um pilar importante que para melhorar a eficiência, qualidade e sustentabilidade das cidades.
Cidades inteligentes e sustentáveis no mundo
Existem diversas cidades ao redor do mundo que estão adotando práticas de construção sustentável e tecnologias inteligentes para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.
Todas elas têm usado a industrialização da construção civil para enfrentar desafios, como a falta de espaço, a escassez de habitação e a necessidade de construir moradias acessíveis de alta qualidade e com sustentabilidade.
Dentre essas cidades, podemos destacar:
Copenhague, Dinamarca: Copenhague é uma das cidades mais sustentáveis do mundo, com um compromisso de se tornar neutra em carbono até 2025, o que significa que as emissões de gases do efeito estufa devem ser reduzidas a zero.
A cidade investiu em infraestrutura de transporte público, ciclovias e projetos de energia renovável para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Copenhague tem um forte compromisso com a mobilidade urbana sustentável, com mais de 50% da população utilizando bicicletas como principal meio de transporte.
A cidade também possui edifícios verdes, parques urbanos e iniciativas de reciclagem, que contribuem para sua posição de líder em sustentabilidade.
Em Copenhague, a industrialização da construção civil é vista como um meio de alcançar metas de eficiência energética e redução de emissões de carbono.
A cidade tem investido em iniciativas de construção modular e pré-fabricação de componentes de construção e exige ainda que novos edifícios atendam a rígidos padrões ambientais e de eficiência energética, que ajudam a reduzir o consumo de energia e as emissões de carbono.
Com essas iniciativas, Copenhague se tornou uma referência em construção sustentável, que pode ser utilizada como modelo em outras cidades ao redor do mundo.
Amsterdã, Holanda: Amsterdã é outra cidade líder em sustentabilidade, com uma forte cultura de ciclismo e uma rede de transporte público eficiente.
A cidade também investiu em projetos de energia renovável, incluindo um parque eólico offshore que fornece energia para a cidade.
Amsterdã tem como objetivo se tornar um exemplo global e está trabalhando para alcançar uma economia circular em 2050, onde todos os recursos são utilizados de forma eficiente e os resíduos são minimizados.
Isso inclui iniciativas de reciclagem e reutilização de materiais, bem como a promoção da mobilidade urbana sustentável, como a expansão da rede de ciclovias e a promoção do uso de transporte público elétrico.
A construção civil em Amsterdã é um importante setor que está comprometido com a sustentabilidade.
A cidade exige que novos edifícios atendam a altos padrões ambientais e de eficiência energética, como o uso de tecnologias de construção inovadoras e o incentivo ao uso de materiais sustentáveis.
Amsterdã, também tem adotado a industrialização da construção civil para construir casas modulares pré-fabricadas. A construção modular tem sido vista como uma solução para construir habitações de alta qualidade de forma mais rápida, acessível e sustentável.
Singapura: Singapura é uma cidade altamente tecnológica, que se tornou um exemplo global em sustentabilidade e desenvolvimento inteligente.
A cidade tem investido em tecnologias de iluminação inteligente, sensores de tráfego e sistemas de transporte público avançados.
Singapura está comprometida em se tornar uma das cidades mais verdes e sustentáveis do mundo, com metas ambiciosas para reduzir as emissões de carbono e o consumo de energia.
Para isso, Singapura investiu em tecnologias avançadas para a gestão de resíduos, incluindo a reciclagem de água e o tratamento de resíduos para gerar energia.
Além disso, a cidade está promovendo a mobilidade urbana sustentável, incentivando o uso de transporte público, bicicletas e carros elétricos.
A construção civil em Singapura é um importante setor que está comprometido com a sustentabilidade. A cidade é conhecida por seus edifícios verdes, que incorporam tecnologias inovadoras de construção e uso de materiais sustentáveis.
Singapura tem políticas rigorosas para a gestão de resíduos de construção, incentivando a reciclagem e a reutilização de materiais e, além disso, é um dos líderes mundiais em termos de uso da industrialização da construção civil.
O governo de Singapura tem incentivado o uso dessa tecnologia desde a década de 1980, a fim de enfrentar desafios como a falta de espaço e a necessidade de construir moradias acessíveis para a população.
A cidade utiliza a tecnologia de construção pré-fabricada, que envolve a produção em massa de componentes em fábricas, como paredes, lajes e banheiros, que são posteriormente transportados e montados no local de construção.
O uso da tecnologia pré-fabricada permitiu que Singapura reduzisse o tempo de construção e os custos em até 40% em relação aos métodos de construção convencionais.
Vancouver, Canadá: Vancouver é uma cidade que tem se tornado cada vez mais “verde”. A cidade tem investido em projetos de construção sustentável, como edifícios com certificação LEED (Líder em energia e design sustentável) e o uso de energia renovável.
Uma das principais iniciativas da cidade é o seu plano de ação climática, que tem como objetivo reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 80% até 2050.
Para atingir essa meta, a cidade está implementando diversas políticas e projetos, como o incentivo ao uso de transporte público e bicicletas, a construção de edifícios verdes e a redução do desperdício de água.
Além disso, a construção civil em Vancouver está cada vez mais comprometida com a sustentabilidade. A cidade possui uma certificação própria, a “Green Building Rezoning Policy”, que incentiva a construção de edifícios verdes e sustentáveis.
Essa política exige que os novos edifícios atinjam altos padrões de eficiência energética, uso de materiais sustentáveis e redução do consumo de água.
A cidade tem adotado também o uso de construção modular para construir moradias acessíveis para a população.
E o Brasil?
No Brasil, algumas cidades já são consideradas como inteligentes, porém, ainda falta um longo caminho para poderem comparar com esses modelos em outros países do mundo.
São Paulo tem adotado tecnologias inteligentes em diversos setores, como no transporte, com o uso de aplicativos de mobilidade urbana, e na gestão de resíduos, com a implantação de sistemas de coleta seletiva e reciclagem.
Curitiba é conhecida por seu sistema de transporte público eficiente, e também tem investido em tecnologias inteligentes para melhorar a mobilidade urbana, como a integração de diversos modais e o uso de aplicativos para informações sobre trânsito e transporte.
O Rio de Janeiro tem adotado tecnologias inteligentes para melhorar a segurança pública, com o uso de câmeras de vigilância e sistemas de reconhecimento facial, e também na gestão de recursos naturais, com a implantação de projetos de eficiência energética.
Campinas tem investido em tecnologias inteligentes como a implementação de sistemas de iluminação pública inteligente e a utilização de sensores para monitorar a qualidade do ar.
Belo Horizonte tem apostado em tecnologias inteligentes para melhorar a gestão pública, com a implementação de sistemas de informação e monitoramento em diversas áreas, como saúde, educação e segurança.
O papel da 4Constu na industrialização da construção civil e na construção de cidades inteligentes.
O conceito de cidades inteligentes, para a 4Constru, vai além das melhorias que estas cidades podem proporcionar aos seus habitantes, enquanto usuários das casas, prédios, parques e serviços públicos. A construção de uma cidade inteligente se dá com aplicação desse conceito de ponta a ponta: na concepção, materialização e entrega das construções.
A melhoria da qualidade de vida começa já dentro do próprio parque fabril, que proporciona menor risco de acidentes aos trabalhadores, melhores possibilidades de qualificação e menos esforços repetitivos.
A 4Constru vem aplicando esse conceito na materialização vários projetos, destacando-se pela qualidade, inovação e rapidez.
Recentemente, a 4Constru realizou uma construção industrializada para a empresa FB Saúde. O projeto foi materializado em menos de 20 dias, desde a concepção até a entrega. Os módulos saíram prontos da fábrica, com acabamentos, mobílias e equipamentos, dando origem a consultórios e óticas prontas para o atendimento, os quais se destinaram ao atendimento de mais de 15 mil pessoas, em escolas municipais de Osasco, São Paulo. Foi um importante projeto social, realizado pela FB em parceria com a Secretaria de Educação, que recebeu pleno apoio e incentivo da 4Constru.
Outro case de sucesso da 4Constru foi o projeto da Flagship Store, loja conceito da Dolce Gusto, Nestlé, em São Paulo. Além de representar o primeiro projeto arquitetônico compostável da América Latina elaborado com impressão 3D, teve seus arcos todos industrializados, elaborados na fábrica, para montagem na obra.
Ainda em 2023, a 4Constru deverá inaugurar mais duas fábricas, uma voltada para a produção de peças em concreto, 100% industrializadas, e outra voltada para construções em madeira (wood frame, glulam e CLT).
A diferença entre as duas modalidades é que a construção em concreto é mais seriada, focada na produção padronizada. É uma construção mais rápida, mais produtiva, porém, com baixa liberdade arquitetônica, que não permite ousar muito em termos de construções de ambientes com pé direto alto e vãos abertos. Portanto, não é uma fabricação voltada para ambientes de alto padrão.
Já a modalidade de fabricação em wood frame, proporciona maior liberdade arquitetônica, porém com custo mais elevado por m2. É uma fábrica não tão produtiva, porém, mais versátil. E, o interessante é a que as duas se complementam.
Por exemplo, pensando-se na construção de um hotel, pode-se utilizar a fabricação em concreto para a parte de quartos e outros cômodos de características mais padronizadas, que podem ser feitos mais rapidamente. Por outro lado, a área social e outros ambientes que requerem maior sofisticação e personalização, podem ser feitos na fábrica voltada para construções em madeira, que permite maior personalização e criação de ambientes mais sofisticados.
A 4Constru tem como objetivo revolucionar o setor de construção civil, por meio da inovação tecnológica, industrialização e transformação digital do setor.
Conclusão
As cidades inteligentes e sustentáveis representam uma tendência mundial que tem como objetivo criar um ambiente urbano mais eficiente e sustentável. A construção civil desempenha um papel fundamental nesse processo, já que é responsável pela infraestrutura e edificações dessas cidades.
A utilização de tecnologias avançadas, materiais sustentáveis e energias renováveis são algumas das práticas que contribuem para a construção de cidades mais inteligentes e sustentáveis.